sexta-feira, 19 de março de 2010

De forma rápida

Directo ao assunto, porque tenho mais que fazer:

"Em Algés, Mirafolres e Linda-à-Velha há sempre imensas moscas nas arcadas dos prédios.

Bom fim de semana.

AD

sábado, 13 de março de 2010

As corporações do século XXI

Depois de subscrever tudo o que o meu caro amigo AD evidenciou no texto abaixo, tenho de tecer aqui mais algumas considerações, desta vez sobre as corporações.

Ora, não sei se já repararam, mas eu não sou propriamente um indivíduo apolítico. E também não é surpresa que tenho simpatias de Direita. Bom, mas isso não faz de mim (espero que me acompanhem neste raciocínio) um neo-fascista, ou um vassalo de determinada cor partidária. Há simpatias e bandeiras que fazem parte dos meus valores. É tão simples como isso.

Esta introdução para ir ao assunto estatístico: corporações.

Aparte a estatística sindical e governamental, mais importante que isso é verificar que, passados quase 36 anos do 25 de Abril, as corporações nunca foram tão poderosas como hoje, e a terem cada vez mais influência (escuso de desenvolver a ideia, está à vista de todos, em múltiplos sectores, com promiscuidades diabólicas.

...Com uma diferença meus caros: no Estado Novo - peço desculpa pelo revisionismo histórico que alguns vão detectar nestas palavras - existia uma Câmara Corporativa, ao lado da Assembleia Nacional, que tinha o objectivo de juntar as corporações económicas, sociais, financeiras, para funcionar como órgão consultivo, por forma a dar um conteúdo eficaz e eficiente, e também racional, às leis do País. Ora, sabemos que era um processo de interesses. O País não tinha estrutura para aquilo. Lisboa continuava (e ainda continua) a ser Portugal para os políticos. A única vantagem que vejo nesta Câmara é que as leis daquele tempo, ao menos tinham uma boa perspectiva da realidade e da aplicação futura na prática (hoje temos leis que só começam a dar frutos passados 3, 4, 5 anos, por falta desse estudo e desse rigor).

Podia ficar aqui a noite toda a falar da Câmara Corporativa, que eu gostaria de ver em democracia, por exemplo, na forma de um Senado (como nos EUA), em que se fazem estudos, debatem-se a fundo as ideias para serem transpostas para leis com visão prática e estratégica dos vários sectores.

Isto para concluir, afirmando que as corporações do século XXI ainda são piores que as do Estado Novo. Estas, para além de moverem montanhas em favor dos seus interesses, estes são interesses que em nada favorecem o País, em nada mesmo. Veja-se o exemplo que o AD deu: os pilotos, os próprios sindicatos (alguém se lembra de alguma greve pelos desempregados? Não deviam ser antes estes o propósito das greves e das reivindicações?). Vejam bem que há quem diga que temos Médicos a mais...isto é decente dizer? Há também quem dê conferências a vender a ideia de que o sector bancário não tem tido lucros significativos...é decente dizer isto?

Eu defendo que um lobby deve ter como meta principal aquilo que podemos fazer pelo nosso país (tal como JFK preconizou no seu tempo), e não aquilo que podemos fazer por nós próprios, neste caso, pela corporação. Há que ter brio e defender a nossa profissão, mas mais nobre é fazer isso aliado ao engrandecimento do País. Esta é a minha corporação e a minha noção de nacionalismo. Será uma utopia?

bCp, depois da reflexão de AD

quarta-feira, 10 de março de 2010

TAP, greves e os pilotos

Li que o presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou que "as greves eram um fenómeno ultrapassado e do século passado". Não concordo. Deixo aqui a minha palavra de solidariedade para quem faz greves.

Logo de seguida, li outras declarações, agora de Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, criticar o dirigente da companhia aérea pela sua reacção à possibilidade de greve dos pilotos.

Sim, está bem. Trata-se do folclore habitual da política/economia/sociedade portuguesa. Estatística, portanto.

Agora, o que me transtorna, são as exigências dos profissionais que guiam os aparelhos com asas. Querem eles ajustes salariais. Vamos lá ver uma coisa.

Em primeiro lugar, eu, em 2010, não tive nenhum aumento. Do primeiro para o segundo ponto, lembro, ainda, que a minha mãe foi aumentada em 27 euros. Chegado à alínea terceira, reparo que a minha avó continua com a pensão inalterada. Quarto item: a reforma do meu pai provém da Alemanha. Gente diferente, portanto.

Em quinto lugar, sei, através de fonte segura, que os pilotos da TAP não auferem 650 euros a recibos verdes.

Por acaso, acredito na minha fonte.

Vou ser ordinário, pela primeira vez neste espaço de reflexão da nossa sociedade civil: "Senhores pilotos da TAP, ides à merda!"

AD

domingo, 7 de março de 2010

Cultura de morte em democracia

Sei que já correu muita tinta acerca destas temáticas mas faça-se, ainda assim, uma estatística sobre isto: o aborto, a eutanásia, e o Mein Kampf. São todos primos de primeiríssimo grau. Não acreditam? Então acompanhem...

Vou ser um pouco duro e, porventura, injusto para alguns sectores sociais. Ainda estão a tempo de mudar de blog. Eu avisei.

Alguém se lembra - se for o caso - de ler no Mein Kampf passagens em que o seu autor (dispenso apresentações), considerava que as pessoas portadoras de deficiência não deviam procriar? Ou melhor, deviam ter o mesmo destino dos judeus...a primeira parte está lá escrita, esta última fui eu que conclui nas entrelinhas.

Ora, acima estávamos em plena época de pragmatismo totalitário.

Hoje, em pragmatismo democrático - não menos totalitário, no meu ponto de vista -, diz-se, defende-se, que se for detectado um feto com anomalia então aconselha-se o aborto. Em vida, se alguém estiver completamente "condenado", então aconselha-se a eutanásia.

Há quem denomine este tempo como uma "democracia totalitária". Estou tentado a acreditar nisso, precisamente porque o mediatismo é tal, que me fazem acreditar, certamente, em muita mentira. A cultura de morte que se fomenta, em democracia, faz-me pensar que não se fez o luto do totalitarismo. Muito pelo contrário, ele legou uma herança que temos aproveitado e abraçado com todo o carinho.

bCp, depois de ter folheado o livro de Paulo Otero ("Democracia Totalitária") na FNAC.