sábado, 24 de janeiro de 2009

Aquisições no talho


Os pais não vão muitas vezes às compras. Preferem ficar a fazer outras coisas. Porém, quando vão, gostam sempre de comprar muita carne. Gostam sempre de adquirir carne como se trabalhassem num restaurante. Não podem ir à Makro sem gastarem 70 euros em peças de novilho, borrego, vaca, picanha, maminha, entrecosto e por aí fora. É melhor encher a arca. Os preços da Makro são muito bons para isso e, além do mais, não vá haver aí uma invasão de extra-terrestres que sugue todos os recursos naturais do planeta terra ao ponto de termos de ficar só com o abastecimento de peças de carne adquiridas na Makro.

As mães olham sempre com desdém. Por elas gastavam só 20 euros em entrecosto e numas bifanas e gastava-se o resto do orçamento nuns cortinados, ou num tapete para a casa de banho...

PS - Aproveito ainda para dizer - e uma vez que o tópico é Talho e carne - que os talhantes gostam sempre de dar uma palmada na peça da carne que vão cortar. E enquanto afiam a faca no fuzil, olham sempre para o horizonte do hipermercado, com altivez. Nunca olham para os olhos do cliente enquanto arregaçam o cutelo.

BM com a ajuda preciosa de Yvves Tavê

1 comentário:

Anónimo disse...

Fico sempre indignado com a forma rude como a carne do talho é tratada pelos talhantes. Desde o momento em que esta é retirada da arca usando a técnica do esticão (não nos devemos esquecer que a carne está fria e devem-se evitar movimentos bruscos a frio para prevenir eventuais roturas mosculares) até à forma cruel e por vezes desumana como a carne é atirada para cima da balança e a forma herege como os pedaços que estão a mais são dilacerados a sangue frio e atirados sem dó nem piedade para a vasilha dos restos. Espero que estes homens sejam mais cuidadosos com a carne que têm em casa porque com a carne da prateleira do supermercado são impiedosos.